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É melhor tentar e falhar, que preocupar-se e ver a vida passar. É melhor tentar, ainda que em vão, do que sentar-se, fazendo nada até o final.
Eu prefiro na chuva caminhar, do que em dias frios em casa me esconder.
Prefiro ser feliz, embora louco, que em conformidade viver.


Martin Luther King.

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quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Somos tão complexos. Seres humanos tão dispersos, tão incertos.


Será que somos muito exigentes?
Será que nada para nós está bom o bastante?

Porque será que temos tanta dificuldade de nos sentirmos completos?

A felicidade é a busca de todos. Mas alguns tem felicidade dentro de suas almas, faz parte de sua personalidade. Outros encontram em motivos pequenos grandes causadores de sorrisos. Outros usam dos sorrisos para despistar a tristeza. Mas a felicidade é capaz de tornar alguém completo?

Completude sim parece ser a questão mais difícil de se compreender. Talvez mais difícil do que a tão procurada felicidade. Encontrar-se completo deva ser mais árduo. Podemos ser felizes, mas não completos.

Existem tantas áreas de nossas vidas que precisamos ter "sucesso" para com isso nos sentirmos completos. E sucesso entenda, não é relacionado a dinheiro, sucesso ao que menciono tem relação com satisfação, realização, conquista plena. Ou seja, a completude é mais complexa do que a tal felicidade, pois podemos encontrar a felicidade e mesmo assim estarmos incompletos.

Somos tão complexos. Seres humanos tão dispersos, tão incertos.

Amo esse poema do Fernando Pessoa:

    Para ser grande, sê inteiro: nada
    Teu exagera ou exclui.
    Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
    No mínimo que fazes.
    Assim em cada lago a lua toda
    Brilha, porque alta vive.

    Ricardo Reis, 14-2-1933
Acredito que seja exatamente disso que se trate. Para sermos completos precisamos ser nós mesmos. Sem tirar e nem por nada. Sermos apenas nós mesmo, com nossos defeitos, nossas qualidades. Nem todos vão nos amar, nem todos vão nos valorizar, mas seremos nós mesmo e assim seremos completos.

Muitas vezes vamos nos podando para estarmos em concordância com o ambiente, com a situação, com as pessoas. E sem perceber vamos nos excluindo, nos omitindo, nos diminuindo. Passando a ser, quem não somos para agradar a pessoas que talvez também já não sejam mais elas mesmas, estejam fracionadas ao longo de suas abdicações. Nos tornamos padronizados, nos tornamos como a massa e nos perdemos dentro de nós mesmos.

Não há nada errado em sermos nós mesmos. Não há um padrão que devemos adotar, mudarmos nosso jeito de ser para estarmos em concordância com, seja lá o que for, não nos torna melhores, nos torna pequenos. Pois o que nos destaca em meio a tantos seres humanos é justamente nossas particularidades. Nosso singularismo não pode ser silenciado.

Que nossa completude, quem somos de verdade encontre uma oportunidade de se libertar das correntes dogmáticas que nos querem imputar.

Somos tão complexos. Seres humanos tão dispersos, tão incertos, e que assim continuemos a ser.

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