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É melhor tentar e falhar, que preocupar-se e ver a vida passar. É melhor tentar, ainda que em vão, do que sentar-se, fazendo nada até o final.
Eu prefiro na chuva caminhar, do que em dias frios em casa me esconder.
Prefiro ser feliz, embora louco, que em conformidade viver.


Martin Luther King.

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quarta-feira, 7 de julho de 2010

Interessante!!!

Exercício de Aula – 06/07/10

O Exercício consiste em uma pequena entrevista, no caso os alunos mencionados contam seus projetos e seus objetivos, e nós temos que escolher um ponto que acreditamos ser incoerente e tentar convencê-los do nosso ponto de vista. Interessante.

1º Entrevistado:

Ele expos os planos de vida, iniciando com a parte profissional, o que evidenciou seu foco de hoje, descreveu seu projeto de finalizar a faculdade de música e o curso de teatro e seu objetivo de seguir com as duas carreiras, falou pouco dos objetivos de constituir família, o que demonstra que hoje a parte profissional é o que ele tem como uma realização, o que mais pra frente ele pode descobrir não ser.
Dos pontos que me contou poderia se levantar vários pontos de incoerência para argumentar e tentar mudar o seu foco, optei por dois, sendo: Ele mencionou o plano vago de se encontrar alguém especial, juntar-se, mencionou não querer casar (Civil, religioso) e não querer ter filhos, levantei o questionamento que se ele se apaixona-se e a pessoa por sua vez tivesse o sonho de ter filhos, ele argumentou ser fora de planos, e que justamente por isso iria procurar alguém que parecesse com ele e os objetivos de vida dele, não quer se prender, quer ter liberdade pra se dedicar as carreiras. Novamente questionei que não se escolhe por quem se apaixonar, as vezes simplesmente acontece, e que os planos dele teriam que dar abertura aos sonhos da pessoa, entrando em um acordo. Foi difícil argumentar sobre a questão de constituir família, ele realmente não coloca isso como foco, pois acredita que sua realização profissional será de maior importância, acredito que ao longo de sua jornada pela busca da realização profissional que tanto almeja descobrirá que não se pode ser realizado em uma única área e que a busca única pelo profissional pode fazê-lo esquecer da parte emocional e de seu bem estar, acredito que o fiz ao menos questionar.
Segundo ponto que eu o questionei como incoerência e que acredito, tive mais êxito, foi a questão dele querer seguir paralelamente com as duas carreiras, música e teatro. E certo momento colocou a possibilidade de juntar-se a uma banda para eventos, em todo o tempo fazia questão de colocar que não deixaria a música e não pararia com o teatro, o questionei se ele tivesse que escolher, o que optaria, e ele disse que não está disposto a escolher, que quer seguir as duas coisas, então comecei a levantar hipóteses de ele fazer parte de uma banda que lhe ocupasse todo o tempo, que ele teria de abrir mão do teatro, ou que se o teatro o ocupasse, teria que abrir mão da música, o fiz pensar em que ele pensaria, trataria um ou outro como hobby?! Ele colocou que não, que via como profissional, pois jamais esteve disposto a seguir uma carreira que não lhe agradasse, sempre entendeu que poderia se unir o profissional com o prazer, ou seja, trabalhar com aquilo que se gosta, então nunca irá ver o teatro, nem a música como hobby, sempre como profissão.

2º Entrevistado

O 2º também inicia seu relato falando do profissional, mas ele é mais focado, seu objetivo é se formar na carreira de ator, e se estabilizar na profissão. Com ele tive maior espaço para questioná-lo e fazê-lo pensar nas impossibilidades. É muito interessante ver como todos nós, seres humanos, traçamos objetivos e metas em nossas v idas, sem pensar nas impossibilidades, criamos uma única vertente, um único caminho, um único sonho, não, como expus, que tenhamos que ter vários objetivos e sermos desfocados, não é isso que penso, mas acredito que necessitemos de criar tangentes, ramificações, devemos abrir as possibilidades em nossas vidas, inclusive para que não nos limitemos. Comecei a criar várias hipóteses de impossibilidade, de Nãos, de dificuldades que ele provavelmente passe, ou não, ao escolher a carreira de ator. A incoerência que o questionei, foi ele limitar o objetivo a carreira de ator, repito, temos sim que estabelecer um foco, mas da forma que ele me apresentava, via como única possibilidade de realização profissional e se assim não o fosse ele se frustraria para o resto de sua vida. Então o fiz ver outras possibilidades que ele poderia aproveitar no caso de seus objetivos não se concluírem ou não se concluírem da maneira esperada. Fiz ele entender que criamos um foco: Teatro, ok, primeira passo dado, mas podemos agora ramificar as possibilidades, aproveitando todas as oportunidades que nos surgirem, principalmente na profissão ligada ao teatro, tudo o que se aprende é válido, isso pra vida óbvio, mas na profissão ator, talvez mais ainda do que em outras, pois se você aprender a fazer uma massagem, pode-se aproveitar em cena, se você aprender a trocar um pneu, pode –se aproveitar em cena, se você fizer um curso de pintura, de informática, de marketing, de enfermagem, seja o que for, você pode em determinado momento utilizar-se disso em cena, ou para um trabalho de estudo de personagem, afinal no teatro se pode ser qualquer um. Acredito que o fiz pensar, ao menos questionar, que deverá aproveitar todas as oportunidades que a vida lhe oferecer, e não se limitar a: Eu quero ser ator e ponto final. Nada mais me interessa. Coloquei um exemplo sobre minha forma de pensar, que acredito que o fez entender a onde eu queria chegar com os meus questionamentos, que era apenas abrir a mente dele para todas as oportunidades. Era este ex: Se você se forma como cabeleireiro e se limita, este é o eu sonho e é somente isso que eu vou fazer e ponto final. Abre o seu salão, está tudo indo bem, quando de repente todos ficam carecas, a sua vida profissional acabou. Agora se você abre seu salão, mas além de se especializar em cabelos, seu objetivo é cabelo, seu foco é cabelo e você se concentra em cabelos, mas surge-lhe a oportunidade de aprender a fazer unhas, então você aproveita, aí surge a oportunidade de você fazer depilação, aí você aproveita, aí surge a oportunidade de você fazer sobrancelha, aí você aproveita, etc...Quando tiver um problema como o ex que eu criei, todo mundo fica careca, você vai fazer as unhas, caem os dedos de todos, você vai fazer depilação, e assim por diante, não é mudar o foco, o foco é cabelo, mas é você criar ramificações para aumentar suas possibilidades e não se frustrar. Acredito que o fiz entender, sem mexer no seu foco, que é ser ator.
Acredito que tudo aquilo que desejarmos fazer e nos empenharmos para isso, poderemos alcançar, mas nunca devemos nos limitar e sim abrir nossa mente para todas as possibilidades de conhecimento, de repente me descubro realizada em uma outra área que eu nem imaginava.
Foi muito legal o exercício e acredito que sempre que conversamos com alguém fazemos uma troca de idéias de pensamentos de desejos, focos, de valores, aprendemos e ensinamos.

Camila Costa.
Prof. Beato Tem Prenafeta - Produção
Escola de Teatro Catarse.
Como não pedi autorização para os entrevistados não postei o nome deles, mas assim que conseguir falar com eles, e com a liberação, coloco os seus nomes.

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